Todos aqueles que possuem sentimentos nobres como amor, solidariedade, humildade e principalmente caridade são bem vindos.
Precisando conversar e/ou receber um passe energético (benzer) estou à disposição todos os dias, para jogar cartas (ler a sorte) somente com hora marcada.
Cobro apenas para ler as cartas R$ 100,00, para manutenção de nossa casa. Qualquer outro tipo de consulta não pode ser cobrada pois na verdadeira caridade não se coloca preço, a verdadeira caridade quem paga é Deus.
Endereço: Rua 22 nº 281 Jardim Morada do Sol Indaiatuba - SP

trabalho assistencial toda sexta feira às 20:00

telefone: 19 995829299
email: d12edani@gmail.com

facebook: https://pt-br.facebook.com/pages/Templo-de-Umbanda-Pai-Xango-e-Oxum/402432639859958


PEÇO POR GENTILEZA QUE NÃO VENHAM ME PROCURAR PARA FAZER AMARRAÇÃO OU MAGIA BAIXA NÃO ACEITO FAZER ISSO POR DINHEIRO NENHUM DO MUNDO
AGORA SE FOR PRA DESMANCHAR AMARRAÇÃO OU MAGIA BAIXA VENHA CONVERSAR COMIGO

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sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Solução Simples - Por Pai João de Aruanda

Pra que chorar?

Por que se lamentar?

O tempo que você gasta derramando lágrimas é o mesmo que você ganharia construindo algo de positivo em sua vida.

Você fica ai chorando e reclamando, curtindo raiva e magoa e quem ao menos sabe que você é o maior prejudicado? Primeiramente perde um tempo muito precioso com essa lamúria toda, depois, meu filho, você passa por chato e fraco diante daqueles que elege para ouvir suas mágoas. E depois? Bem, assim se lamentando, perde a oportunidade de dar a volta por cima e fazer alguma coisa realmente boa de sua vida.

Seu fígado funciona mal; você perde a noite de sono fazendo terapia com o travesseiro e, ao acordar, fica feio, com olheiras e de mau humor. Descobre então que seus problemas continuam os mesmos de antes e que perdeu a noite em vão.

Por isso, filho, pare com essa situação agora mesmo e arranque de você essa raiva. Vomite esse ódio e rancor, angústia e lamentação. Não permaneça mais tempo agasalhando dor.

Se você resolver agora identificar a causa de tanta angústia, choro e reclamação, aposto que não conseguirá mais saber a razão. É que você está acostumado a fazer tempestade em copo d’água. Cuidado, tem gente que se afoga nas próprias lágrimas.

Levante a cabeça e tome uma decisão inteligente. Aja com sabedoria. Você é filho de Deus e irmão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Tem uma vida inteira pela frente aguardando você, para ser vivida com qualidade. Não perca tempo com lamentações... Levanta-se e ande! Jesus espera você para transformar o mundo num lugar muito melhor, começando em você mesmo.

Em geral, a energia que se emprega para derramar lágrimas de lamentação é a mesma que você investe quando auxilia o próximo. Pense nisso, meu filho, e vá em frente. A felicidade aguarda por você.

Do Livro: Sabedoria de Preto-Velho

Psicografia de Robson Pinheiro, pelo espírito de João Cobú (Pai João de Aruanda)

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

A PERFEIÇÃO


Adoramos a perfeição, porque não a podemos ter; repugna-la-íamos se a tivéssemos. O perfeito é o desumano porque o humano é imperfeito. - Fernando Pessoa

Estamos nessa Terra por sermos imperfeitos, estamos nessa Terra para aprendermos quais são as nossas imperfeições e trabalha-las para nossa evolução.

Nós seres humanos se seguíssemos as máximas do nosso querido irmão Caboclo de Oxala (Jesus), seria muito mais fácil de conhecermos e domarmos essas imperfeições. Mais o ser humano além de imperfeito desconta suas frustrações no próximo, se esquece de amar ao próximo como a ti mesmo que quer dizer seja o outro coloque-se no lugar do outro e veras que as imperfeiçoes dele o domina e precisa de amor e compreensão até domar-se a si mesmo.

Dai a outra face, quer dizer para não revidar, quer dizer para perdoar as ofensas pois da mesma forma somos ofensores de alguém, quer dizer para ter paciência pois um dia o bater cansa e a face que apanhou estará calejada e livre das imperfeiçoes que a feriu.

Enfim busquemos nos conhecer, conhecer nossos sentimentos mais escuros para que quando eles quiserem sair nós consigamos domá-los.

Para preencher seu espirito de coisas boas, comece o dia elogiando alguém (de preferencia à aquele que lhe incomoda, aquela pedra no seu sapato), no meio do seu dia não se permita pensar mal de alguém e no final do seu dia beije, abrace e abençoe tudo aquilo que você tem (pessoas, animais, saúde...). Fazendo isso por no mínimo uma semana você já se sentira outra pessoa. Desafio você a tentar ser melhor!


segunda-feira, 10 de agosto de 2015

A BOLA DA VEZ


Numa casa de santo/terreiro/templo o transito é bem grande, pode se dividir os membros mais ou menos assim: 25% são os mais velhos possuem mais de 7 anos na casa, 25 % os intermediários aqueles que possuem mais de 3 anos e 50 % os mais novos aqueles que estão há menos de 3 anos, estão começando.

A esses mais novos é dado mais atenção, por alguns erroneamente chamados de “bola da vez”. O grande problema é que muitos dos mais novos querem se inserir no grupo a qualquer custo seja tomando a atenção dos dirigentes o tempo todo, seja criando contendas entres os irmãos de fé ou simplesmente e o mais correto sendo humilde e aprendendo com seus mais velhos. Independente de como ajam os mais novos, esta atenção é necessária por dois motivos, um para o bom encaminhamento deste médium e dois para que os dirigentes conheçam suas qualidades e defeitos.

Mas... O ser humano na maioria das vezes deixa o orgulho, a vaidade e o ciúme tomar conta de seus corações e acabam se deixando levar. Temos três situações:

Primeira: O mais velho com ciúmes da atenção que os mais novos recebem e acabam se sentindo afrontados por estarem na casa há mais tempo e não serem “valorizados” pelos seus trabalhos. Ai vai uma lição: Você esta num templo exercendo a caridade e a caridade não se espera retorno. Se você se dedica, se dedica pelo amor a Umbanda e aos orixás e não pelo reconhecimento do seu “trabalho” pelos dirigentes da casa. Se quiser algo a mais então some, não divida nem subtraia, não fale faça, não sinta expresse, busque e de o melhor de você para sua casa que é o local que seus Orixás escolheram! Se você se identificou neste texto reveja seus conceitos, pois isso não é ser umbandista!

Segunda: O intermediário disputando espaço com os mais velhos e mais novos, preste atenção sua vida espiritual esta apenas começando e se nesse estagio já esta assim, pense bem se quer ser umbandista, pois terá que reformular muitas coisas dentro de você mesmo. Busque acolher quem chega, do mesmo modo que foi acolhido, esta é a hora de retribuir. Busque nos mais velhos o entendimento para não errar e o conhecimento para acertar. Aos mais novos de a atenção que gostaria de receber, abra os braços e os embale em boas vibrações. SOME! Aos mais velhos se permita ouvir, para que aprenda e ensine simultaneamente, gerando uma troca satisfatória de conhecimento.

Terceira: O mais novo, aquele que está meio perdido e ao mesmo tempo se enchendo de coragem pra enfrentar o que vier, aquele que está confuso com suas certezas, aquele que sabe e conhece tudo aquilo que desconhece, aquele que esta explodindo em ansiedade e medo. Pois é ser novo é isso, é estar perdido no meio de um turbilhão de duvidas, um turbilhão de sentimentos e principalmente medos. Busquem sempre a paciência, a resignação para que possam limpar os pensamentos e sentimentos e só então absorver todas as informações que precisam, uma de cada vez, de forma a aprender e não simplesmente saber. Há muita diferença entre aprender e saber, o aprender você explana, explica e explora o assunto, o saber simplesmente sei porque assim me ensinaram. Se se identificou pense nisso, reformule sua jornada. O dirigente é seu amigo mais antes de qualquer coisa ele é amigo do seu Orixá. Um dirigente correto não lhe da todas as informações assim sem mais nem menos, ele lhe dá aquilo que você precisa no momento, o restante depende exclusivamente do seu empenho e do seu amor pela Umbanda.

E é ai que encontramos o termo “bola da vez”, se você já usou esse termo repense suas atitudes, pois em algum lugar você falhou.

Ser Umbandista é amar a Deus e aos Orixás acima de tudo.

Ser Umbandista é lutar pelo bem estar do seu templo (isso inclui a todos que ali se encontram).

Ser Umbandista é doar do seu útil e não do seu supérfluo (entenda isso como doar seu tempo, seu amor não apenas a contribuição mensal).

Ser Umbandista é ver sempre o lado positivo das situações.

Ser Umbandista é honrar aquele que te iniciou na religião mesmo que você já não esteja na sua casa de origem.

Ser Umbandista é entender que a religião não faz milagres, mais a fé essa sim move montanhas.

Ser Umbandista é corrigir seus defeitos constantemente, diariamente.

Ser Umbandista é não ser vitima, não culpar os outros pelos seus problemas.

Ser Umbandista é saber que colhemos aquilo que plantamos, mesmo que num primeiro momento não se entenda o que esta colhendo.

Ser Umbandista é cuidar, aceitar e amar seus irmãos sejam eles como forem.

Ser Umbandista é saber que seus dirigentes são humanos como você e erram, acertam, choram, riem, enfim não são santos, mais estão ali por amor aos Orixás e quando se há amor sincero tudo se ajeita.

Ser Umbandista é ser paciente, é aceitar um não, é aguardar com amor a hora certa.

Ser Umbandista é colocar o amor acima de todas as coisas, só assim é possível não se deixar levar por maus sentimentos.

Ser Umbandistas meus caros não é fácil, se quer o caminho fácil não siga uma religião. Se quer ser notado não seja umbandista! Se quer pompas e glorias não seja umbandista! Se quer ter razão não seja umbandista!

A Umbanda é amor, humildade e caridade. Pense nisso!


por Dani de Iansã


PROBLEMAS


Porque os problemas existem em nossas vidas?

Eles existem para evoluirmos para aprendermos a ser melhores.

Quando temos algum problema o Criador assim permite para que possamos evoluir e aprender algo com isso, seja humildade, amor, etc.

Muitas vezes em sua vida esses problemas tornam a acontecer, com outros indivíduos, em outros lugares mais no fim é o mesmo tipo de problema só mudando o cenário.

O que isso quer dizer? Já não foi o suficiente o que passei há tempos atrás?

Quando o mesmo problema aparece em sua vida é o Criador querendo saber se você aprendeu com o anterior, se você saberá lidar da melhor forma com essa situação.

E se não conseguir, se tomar atitudes erradas o mesmo problema voltara mais e mais vezes.

O Universo, o Criador fala conosco o tempo todo, eles nos dizem a direção correta a tomar, precisamos apenas saber ouvir, saber analisar e tomar as melhores decisões para que nos mandem novos desafios.

Se por exemplo o dinheiro nunca é suficiente, está sempre enrolado em dividas, quando consegue se aliviar um pouco pronto! La vem mais divida. O que isso quer dizer?

Isso quer dizer que algo esta errado.

Que ou você esta gastando muito e ai é preciso rever suas prioridades, talvez baixar seu padrão de vida para no futuro poder aumentar conforme sua necessidade.

Ou que você está ganhando pouco e chegou a hora de buscar novos horizontes, estudar se especializar se arriscar em um novo trabalho ou ramo de atividade, talvez tenha chegado a hora de inovar.

Se por exemplo você sempre tem problemas com pessoas do tipo que lhe viram as costas e falam de ti aos quatro cantos do mundo. O que isso quer dizer?

Que ou você fala demais, se expõe demais, se entrega demais e precisa começar a ponderar suas palavras e atitudes, pois aquilo que pra você é só um comentário para o outro pode ser fofoca ou até mesmo maldade.

Ou que simplesmente esta pessoa que lhe virou as costas tem caráter duvidoso, não assume os próprios erros e procura um culpado para sua tristeza, nesse caso é hora de pedir ao Criador que este ser encontre a paz e que através de você ele possa ajudar e lhe curar as feridas.

Se por exemplo as brigas com seu cônjuge não dão trégua, se vai de mal a pior o seu relacionamento. O que isso quer dizer?

Que ou você não ama mais o seu cônjuge e o culpa por sua infelicidade, é chegada a hora de tomar uma decisão e lutar pela sua felicidade.

Ou que se ainda há amor algo está errado no dia a dia, a falta de um bom dia, de um eu te amo, de um: esta tudo bem? Desgasta qualquer relação, é hora de parar e analisar o que está causando esta guerra entre vocês.

Citei apenas alguns exemplos de possíveis aprendizados mais existem inúmeras situações e lições que o Criador nos manda, é preciso apenas silenciar a mente e o coração para conseguir ouvir.

Um problema não é um problema e sim um desafio!

Desafio de se superar, desafio de aplicar aquilo que se aprende, desafio de colocar em pratica o seu melhor lado, desafio de ser humilde, desafio de controlar o orgulho, desafio de superar o desafio, enfim desafio de ser cada vez mais um ser humano melhor.

O importante sempre é não culpar a ninguém pelos seus problemas, se você se encontra numa situação ruim hoje pare e perceba que a culpa é somente sua, que o outro não tem nada com isso, que se suas atitudes fossem outras, você não estaria neste desafio.

Não se vitimizar é o primeiro passo para a evolução. Toda ação causa uma reação. Cada palavra um sentimento e cada sentimento uma situação.

Nos tempos de hoje aquele que não entender o que o Universo quer dizer será tragado por Ele.

E quando você estiver numa situação muito ruim lembre-se você está onde devia estar, não importa o que ou quem causou e SIM qual atitude irá tomar para sair dela é que fara toda a diferença.


por Dani de Iansã


quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Lamento!

Em uma casa de santo/terreiro/manzu/templo temos muitas despedidas.
Umas doem mais outras doem menos. Temos filhos que se vão por vários motivos:

  • Tem filho que vai porque se indispôs com um irmão e não conseguiu superar.
  • Tem filho que vai porque as respostas as suas questões não são suficientes, então parte em busca de respostas que os satisfaça.
  • Tem filho que vai porque quer cair no mundo, quer viver tudo o que a falsa liberdade tem a lhe oferecer.
  • Tem filho que se encontra em outas religiões e vai em busca da sua fé.
  • Tem filho que cede ao preconceito e vira as costas pra tudo que acreditava.
  • Tem filho que vai só por ir, sem motivo algum.
  • Tem filho vai porque acha que o compromisso é muito grande e se justifica alegando falta de tempo.
  • Tem filho que vai porque se acha preterido excluído entre os demais e se deixa levar pela vaidade.
  • Tem filho que não se compreende e acha que a religião vai transforma-lo naquilo que gostaria de ser e como não ocorre ao invés de se aceitar e lapidar ele simplesmente se vai.
  • Tem filho que quer incorporar as sete linhas de umbanda como não consegue espaço pra isso simplesmente se vai.
  • Tem filho que quer ser sacerdote rapidamente e não conseguindo simplesmente se vai.
  • Tem filho que se ofende com os consulentes e simplesmente se vai.
Enfim tem filho que se vai por vários motivos e todos eles estão corretos, pois a espiritualidade se encarrega de leva-los para o lugar certo, independente se é melhor ou pior que sua casa de origem.
Mais uma coisa é fato todos esses deixam marcas no coração dos dirigentes e dos irmãos, principalmente quando esquecem que foi ali que foi acolhido e cuidado num primeiro momento.

E tem uma situação de filho que se vai que dói mais que tudo!!
É aquele filho que ama a casa, ama as entidades, ama seus dirigentes e seus irmãos mais a vida o manda para um lugar distante, um lugar onde terá que recomeçar tanto materialmente quanto espiritualmente. E dói! Dói demais essa ida, pois é um filho exemplar que a espiritualidade traz novos caminhos para sua evolução, é um filho que vai sem querer ir, é um filho que vai com lagrimas nos olhos e coração apertado.

Aaaaa como dói no coração dos dirigentes e dos irmãos....

Dor e alegria misturadas, dor pela falta que ira fazer e alegria por estar trilhando bons caminhos.
Dor pela ausência do sorriso e do amor desse filho e alegria, pois uma parte de seu coração sempre ficara assentado nesta casa e na memoria dela.

É meus queridos as despedidas fazem parte, como você se despedirá é que faz a diferença.


por Dani de Iansã

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

CONDUTA DOS MÉDIUNS

Olá pessoal, hoje vamos falar um pouco sobre a conduta dos médiuns sejam eles de umbanda, candomblé, espíritas não importa qual religião pois até mesmo em religiões que não crêem na espiritualidade existem médiuns, alias todos somos médiuns alguns despertam outros não.
O médium para ser bom e ter seu trabalho reconhecido não precisa provar que tem boas entidades, precisa na verdade agir com amor, humildade e caridade. Mais agir assim somente nos dias de gira (culto, missa), não vale nada, se o médium deixar de aplicar esses sentimentos no seu dia a dia, no seu lar, no seu trabalho enfim em tudo o que faz.
Aplicar esses sentimentos não é sinonimo de ser capacho dos outros, temos que manter nossa opinião e nosso bem estar, o que quero dizer a vocês é que muitas vezes se tem médiuns muito amorosos e humildes dentro de um templo mais dentro de casa no seu dia a dia esse mesmo médium deixa de lado tudo o que aprende no templo, e maltrata as pessoas a sua volta, causa intrigas na vida de outras pessoas, não aceita os defeitos dos outros (esse é o mais comum).
Vamos refletir e ver que os ensinamentos dos templos não se resume a ele e sim a todo seu cotidiano, pois é muito fácil amar alguém que você não conhece e não convive, quero ver esses médiuns que se julgam caridosos e perfeitos, aplicar essa mesma caridade com pessoas do seu convívio, pessoas que têm defeitos e opiniões diferentes.
Não existe religião boa ou ruim existe mal seguidores, que não aplicam aquilo que buscam em sua religião seja ela qual for.
Aproveitando que estou falando de religião gostaria de fazer um apelo contra o preconceito, conheçam outras religiões, cada uma tem sua verdade como eu disse não existe religião ruim e sim seguidores ruins. Deus/Olorum/Zambi não importa o nome que você dê a Ele não quer a separação e sim a unificação de todos os seres independente da cor, posição social ou credo.
VAMOS NOS UNIR NESSA CORRENTE CONTRA O PRECONCEITO E CONTRA OS MAUS ADEPTOS !!!!

quarta-feira, 2 de março de 2011

JURAMENTO DO MÉDIUM


“Ao abraçar a fé umbandista, eu juro solenemente perante Deus e os Orixás, aplicar meus dons de mediunidade somente para o bem da humanidade;

Reconhecer como irmão de sangue os meus irmãos de crença;

Praticar com amor a caridade, respeitar as leis de Deus e as dos homens, lutando sempre pela causa da justiça e da verdade.

Não utilizar e nem permitir que sejam utilizados os conhecimentos adquiridos num terreiro, para prejudicar a quem quer que seja”.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

LIÇÃO DE EXU


Em um Dia agitado em Todo Mundo Exu Rondava a Visitar os Seus Filhos Que Haviam se esquecido dos Aliados  do Plano Espiritual Quando se deparou Com uma Situação Muito Interessante, era um filho Seu que Não Havia Esquecido o Pai, Porém Estava Revoltado e Decidido a Blasfemar o quanto Pudesse a quem um Dia o ajudara Tanto. Esse filho estava Tão Revoltado que Gritava aos Quatro Cantos e Exu Decidiu Parar Ali e Ver o Que Pensava Sobre ele Aquele Filho Revoltado Que Não Parava de Gritar:

-Foi Exu, é Tudo Culpa Daquele Demonio dos Infernos. Eu o Servi Por Muitos Anos Como um escravo e Veja Hoje a Minha Situação, Não Tenho Familia, Dinheiro, Amigos e Nem Mesmo um Teto Para Morar. Não Caiam na Tentação do Demonio Ele Lhes Prometera Muitas Coisas Mais no Final Nada Fará Por Vocês...
Ele Continuou Durante Horas a Blasfemar Quem Tanto o Ajudara Num Passado Recente e Só Parou Quando Viu a Magestosa Figura do Guardião das Encruzas a Sua Frente Indagando-o:
-Por Que essa Revolta Homem?
-Porque fez isso comigo? Para que me Deixar Chegar a esse Ponto?_respondeu Com Outra Indagação o Homem_

E Exu explicou:
-Não Fui Eu Que o Deixei Chegar a esse Ponto, você é Que se Jogou Nessa Lama Onde Hoje se Encontra! Lembra-se que Errou Querendo Fazer Furtuna Com um Dom que Lhe foi Concedido Para Auxiliar ao Proximo, Lembra-se que Nada Além da Paz e Satsfação Espiritual Foi Prometido a Você, e que Também Eu Lhe Disse que a Estabilidade Material Só Viria Após a Maturidade Espiritual.
-Sim Sei que Errei, Mas Sei Também que Vós Errou Junto a Mim Pois Quando Eu Lhe Enviava Algum Pensamento ou Pedido de Ma Fé o Senhor Não Me Dizia se eu Estava Certo ou Errado!_Respondeu o Homem em Prantos_

E Exu Após Uma Gargalhada Retrucou:
-Eu Nunca Lhe Disse se Estava Certo ou Errado Por Que Não Existe Certo ou Errado, Bom ou Ruim, Existe Apenas Aquilo que é Justo. Eu Sou Exu e Trabalho Em Harmonia Com o Universo, Eu Não Sou Bom e Não Sou Ruim, Não Sou Certo e Nem Tampouco Errado, Sou Apenas Justo. Você Fez Muito Mal a Muitos que o Procuraram Buscando Auxilio e Por Isso se encontra Assim Hoje Pois Não Procurou a Paz de Espirito, Apenas Visou a Abonança Material que Como Eu Ja o Havia Alertado Só Viria Após Uma Maturidade Espiritual, que Por Sua Vez Dependia de Sua Paz de Espirito que Só Viria Com a Cariade e Compaixão ao Proximo. Você Sabia De Tudo Isso, Porém Preferiu Seguir um Caminho Mais Longo e Doloroso. Eu Não Interferi em Nenhum Moento Pois se Assim Fizesse Estaria Influindo no Seu Livre Arbitrio.
-Tudo Bem Agora Compreendo que Para  Estar Bem é Preciso Querer Bem a Todos a Nossa Volta e Não Somente o Nosso, Mas Agora que Entendi Por Favor Ajude-me, Esteja Ao Meu Lado e Reerga-me Com Todo Seu Axé?!_Implorou o Homem Ja Caido ao Chão Sem Forças Após Tanto Chorar_

E Exu Com Uma Nova Gargalhada Exclamou:

-Nunca Deixei de Estar ao Teu Lado, Nunca Lhe Neguei a Mão Você Foi quem Virou-me as Costas e Desistiu de Viver. Para se Reerguer Basta se Levantar e Continuar Sua Jornada Honestamente, e se Assim O Fizer Sempre que Precisar Eu Serei Justo e o Ajudarei, Porém se Novamente Errar Novamente Serei Justo e o Punirei.

EXU, O Justo Guardião das Encruzas
 Bruno Conrado do Espirito Santo

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

DIÁLOGO ENTRE OXALA E EXU


O céu e a terra fundiam-se no horizonte distante, parecendo uma coisa só, como se não houvesse separação entre o mundo espiritual e o material, a consciência individual e a cósmica.
Sentado sobre uma pedra em uma enorme montanha, de cabeça baixa e olhos apenas entreabertos, Exu observava o fenômeno da natureza e refletia sobre o seu interminável trabalho.
Como é difícil a humanidade – pensou em certo momento – parece nunca estar satisfeita, está sempre querendo mais e, em sua essência egoísta desarmoniza tudo, tudo... Tudo que era para ser tão simples acaba tão complicado.
Com os olhos habituados a enxergar na escuridão e na distância, Exu observou cada canto daqueles arredores. Viu pessoas destruindo a si mesmas através de vícios variados, viu maldades premeditadas e outras praticadas como se fossem atos da mais perfeita normalidade. Viu injustiças, principalmente contra os mais fracos e indefesos. Com seus ouvidos, também atentos a tudo, ouviu mentiras, palavras de maledicência, gritos de ódio e sussurros de traição.
Exu suspirou.
Serei eu o diabo da humanidade? – pensou ironicamente, ao lembrar o quanto era associado à figura do demônio. Passou horas observando coisas que estava habituado a ver todos os dias: mentiras, fraudes, corrupção, traições, inveja, e uma gama enorme de sentimentos negativos.
Foi quando estava imerso nesses pensamentos que Exu ouviu uma voz ao seu lado, dizendo naquele tom austero, porém complacente:
Laroyê, Senhor Falante.
Exu ergueu os olhos e vislumbrou a figura altiva de Oxalá.
Èpa Bàbá – respondeu Exu, fazendo um pequeno movimento com a cabeça, em sinal de respeito.
Noto que está pensativo, amigo Exu – falou Oxalá.
Exu respirou fundo, contemplou novamente o horizonte e respondeu:
Trabalhamos tanto... e incansavelmente, mas os homens parecem não valorizar nosso esforço.
Oxalá moveu os lábios para dizer algo, mas antes que isso acontecesse, Exu, como que prevendo o que seria dito, continuou:
Não falo em tom de reclamação, sou um trabalhador incansável e o amigo sabe disso. É com prazer que levo o que tem ser levado e retiro o que deve ser retirado. É com satisfação que abro ou fecho os caminhos, de acordo com a necessidade de cada um, é com resignação que acolho sobre minhas costas largas a culpa do mal que muitos espíritos encarnados e desencarnados fazem, não reclamo do meu trabalho. Sou Exu, para mim não existe frio ou calor, cansaço ou preguiça, existe apenas a necessidade de cumprir a tarefa para qual fui designado.
Se mostra tão resignado e, no entanto, parece que deixa-se abater pelo desânimo – comentou Oxalá, apoiando-se em seu paxorô.
Exu soltou uma gargalhada, ao que Oxalá deu um leve sorriso, com um movimento quase imperceptível no canto direito dos lábios.
Não sou resignado nem tampouco estou desanimado – falou Exu – estou pensativo sobre pouca inteligência dos homens. Veja só: como responsável pela aplicação da Lei Cármica observo muita coisa. Observo não apenas o sofrimento que alguns homens impõem a si mesmos, mas vejo também as incessantes oportunidades que o Universo dá a cada um dos seres que habitam a Terra. O aprendizado que tanto precisam lhes é dado por bem, mas quase nunca enxergam pelo amor, então lhes é dada a oportunidade de aprender pela dor, mas geralmente só lembram a lição enquanto a dor está a alfinetar sua carne. Com o alívio vem o esquecimento e todos os erros e vícios voltam a aflorar.
Oxalá fez menção de dizer algo, mas com o dedo em riste entre os lábios, novamente Exu o impediu de falar.
Ouça – disse Exu, colocando a mão em concha na orelha, como se ele e Oxalá precisassem disso para ouvir melhor. E ambos ouviram o som que vinha da Terra. O som da inveja, dos maus sentimentos, da maledicência, da promiscuidade, da ganância. Exu deu outra gargalhada e disse:
Percebe? Temos trabalho por muitos séculos ainda.
E isso não é bom? – perguntou Oxalá, que dessa vez não deixou Exu responder e continuou:
Pobres homens, ignorantes da própria grandeza espiritual e da simplicidade do Universo. Se não desconhecessem tanto o funcionamento das coisas, seriam mais felizes.
Não estão preocupados em discernir o bem do mal – resmungou Exu.
E você está, Senhor Falante? – tornou Oxalá.
Mais uma vez Exu gargalhou.
Para mim não existe o bem ou o mal. Existe o justo, bem sabe disso.
Então por que tenta exigir esse discernimento dos pobres homens?
Eu conheço os caminhos – respondeu Exu um tanto irritado – para mim não existem obstáculos, todos os caminhos se abrem em encruzilhadas. Para mim as portas nunca se fecham e as correntes nunca prendem. Conheço o sutil mistério que separa aquilo que chamam de bem daquilo que chamam de mal. Não sou maniqueísta, não sou benevolente, pois não dou a quem não merece, mas também não sou cruel, pois sempre ajo dentro da Lei. Os homens, coitados, acreditam na visão simplista do bem e do mal, como se todo o Universo, em sua “complexa simplicidade” se resumisse apenas entre o bem e o mal.
Pobres homens – repetiu Oxalá.
Pobres homens – concordou Exu – mesmo olhando o Universo de uma forma tão simplista, dividido apenas entre bem e mal, acabam sempre demonizando tudo, achando que o mal é o melhor caminho para conseguir o que desejam ou então acreditam que são eternas vítimas do mal. E o que é pior, quase sempre eu é que sou o culpado.
Mas é você o responsável pelo mal? – perguntou Oxalá, admirando o horizonte.
Sou justo, apenas isso – respondeu Exu.
Não seria a justiça uma prerrogativa de Xangô? – tornou o maior dos orixás.
Exu olhou fundo nos olhos de Oxalá e respondeu:
Estou a serviço do Universo, de cada uma das forças que o compõe, inclusive do Senhor da Justiça.
Isso significa que trabalha em harmonia com o Universo, caro Exu?
Imaginei que soubesse disso – respondeu Exu, irônico como sempre.
Acho que sempre soube. Quando observo o horizonte e vejo o céu fundindo-se à Terra, percebo o quanto o material pode estar ligado ao espiritual. Mas também lembro que o sol vai raiar e acredito que apesar de todas as dificuldades que os próprios homens criam, é possível acender a chama da fé em seus corações. Percebo o quanto eles são falhos, mas percebo também o quanto são frágeis e precisam de nós – e nesse momento pousou a mão sobre o ombro de Exu – sejam dos que trabalham na luz ou na escuridão, pois tudo faz parte do Uno e se inter-relacionam. O mesmo homem que hoje está nas profundezas mais abissais, amanhã pode ser o mensageiro da luz.
Exu olhou para os olhos de Oxalá, como se não estivesse concordando, mas dessa vez foi Oxalá quem não deixou que o outro falasse, prosseguindo com sua narrativa:
Se não fossem os valorosos guardiões que trabalham nas regiões trevosas, dificilmente os que ali sofrem um dia alcançariam o benefício da luz. Se houvesse apenas a luz, não haveria o aprendizado, que tem como ponto de partida o desconhecimento, as trevas. O Universo tão simples é ao mesmo tempo tão inteligente, que mesmo nós, que observamos os homens a uma distância grande, às vezes nos surpreendemos com sua magnitude. Os homens são frutos que precisam amadurecer e você, amigo Exu, é a estufa que os aquece até o ponto certo da maturação e eu sou a mão que os colhe como frutos amadurecidos.
Quem diria que trabalhamos em harmonia? – disse Exu em meio a um sorriso – acreditam que vivemos a digladiar quando na verdade trabalhamos em busca de um mesmo objetivo: o aprimoramento da raça humana.
Oxalá só não soltou uma gargalhada porque não era esse seu hábito (e sim o de Exu), mas disse sem conseguir esconder o contentamento:
Então, companheiro Exu, não temos porque lamentar. A ignorância em que vivem os homens é sinal de que ainda temos trabalho a realizar. A pouca sabedoria que possuem significa que ainda estão muito próximos ao ponto de partida e cabe a nós, não importa se chamados de “direita” ou “esquerda”, auxiliá-los em sua caminhada, que é muito longa ainda. Apenas contemplar as mazelas dos corações humanos não irá auxiliá-los em nada. Sou a luz que guia os olhos da humanidade e você é o movimento que não a deixa estática. Se pararmos por um segundo sequer, atrasaremos em séculos e séculos o progresso da raça humana, que tanto depende de nós.
Nesse momento o sol começou a raiar timidamente no horizonte, separando o céu e a Terra. Exu levantou-se da sua pedra e se pôs a caminhar montanha abaixo.
Aonde vai, Senhor Falante? – perguntou Oxalá, como se não soubesse.
Vou trabalhar, Senhor dos Orixás – respondeu Exu gargalhando novamente – Esqueceu que sou um trabalhador incansável e que trabalho em harmonia com o Universo, mesmo que ele me imponha a luz do sol?
Oxalá não respondeu, mas esboçou um sorriso tímido. Assim trabalhava o Universo: sempre em harmonia. Os homens, mesmo ainda presos a tantos conceitos primários, trilhavam os primeiros passos em direção ao progresso, pois não estavam órfãos de seus orixás e protetores.
 Pelo Templo Tião D'angola e Boiadeiro Sete Porteiras.

domingo, 14 de novembro de 2010

A FUNDAÇÃO DA UMBANDA

COLOCO NOVAMENTE A DISPOSIÇÃO DE NOSSO LEITORES A HISTORIA DA FUNDAÇÃO DA UMBANDA QUE DEVE SER PERPETUADA POIS O CABOCLO DAS 7 ENCRUZILHADAS EM SUA MENSAGEM FINAL (veja no fim do post) JA PREVIA O QUE ACONTECE NOS DIAS DE HOJE. AJUDEM A DIVULGAR NOSSA RELIGIÃO PARA QUE SEJA USADA COMO O CABOCLO NOS ENSINOU.
No final de 1908, Zélio Fernandino de Moraes, um jovem rapaz com 17 anos de idade, que preparava-se para ingressar na carreira militar na Marinha, começou a sofrer estranhos "ataques". Sua família, conhecida e tradicional na cidade de Neves, estado do Rio de Janeiro, foi pega de surpresa pelos acontecimentos.
Esses "ataques" do rapaz, eram caracterizados por posturas de um velho, falando coisas sem sentido e desconexas, como se fosse outra pessoa que havia vivido em outra época. Muitas vezes assumia uma forma que parecia a de um felino lépido e desembaraçado que mostrava conhecer muitas coisas da natureza.
Após examiná-lo durante vários dias, o médico da família recomendou que seria melhor encaminhá-lo a um padre, pois o médico (que era tio do paciente), dizia que a loucura do rapaz não se enquadrava em nada que ele havia conhecido. Acreditava mais, era que o menino estava endemoniado.
Alguém da família sugeriu que "isso era coisa de espiritismo" e que era melhor levá-lo à Federação Espírita de Niterói, presidida na época por José de Souza. No dia 15 de novembro, o jovem Zélio foi convidado a participar da sessão, tomando um lugar à mesa.
Tomado por uma força estranha e alheia a sua vontade, e contrariando as normas que impediam o afastamento de qualquer dos componentes da mesa, Zélio levantou-se e disse: "Aqui está faltando uma flor". Saiu da sala indo ao jardim e voltando após com uma flor, que colocou no centro da mesa. Essa atitude causou um enorme tumulto entre os presentes. Restabelecidos os trabalhos, manifestaram-se nos médiuns kardecistas espíritos que se diziam pretos escravos e índios.
O diretor dos trabalhos achou tudo aquilo um absurdo e advertiu-os com aspereza, citando o "seu atraso espiritual" e convidando-os a se retirarem.
Após esse incidente, novamente uma força estranha tomou o jovem Zélio e através dele falou: _"Porque repelem a presença desses espíritos, se nem sequer se dignaram a ouvir suas mensagens. Será por causa de suas origens sociais e da cor ?"
Seguiu-se um diálogo acalorado, e os responsáveis pela sessão procuravam doutrinar e afastar o espírito desconhecido, que desenvolvia uma argumentação segura.
Um médium vidente perguntou: _"Por quê o irmão fala nestes termos, pretendendo que a direção aceite a manifestação de espíritos que, pelo grau de cultura que tiveram, quando encarnados, são claramente atrasados? Por quê fala deste modo, se estou vendo que me dirijo neste momento a um jesuíta e a sua veste branca reflete uma aura de luz? E qual o seu nome irmão?
_"Se querem um nome, que seja este: sou o Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque para mim, não haverá caminhos fechados."
_"O que você vê em mim, são restos de uma existência anterior. Fui padre e o meu nome era Gabriel Malagrida. Acusado de bruxaria fui sacrificado na fogueira da Inquisição em Lisboa, no ano de 1761. Mas em minha última existência física, Deus concedeu-me o privilégio de nascer como caboclo brasileiro."
Anunciou também o tipo de missão que trazia do Astral:
_"Se julgam atrasados os espíritos de pretos e índios, devo dizer que amanhã (16 de novembro) estarei na casa de meu aparelho, às 20 horas, para dar início a um culto em que estes irmãos poderão dar suas mensagens e, assim, cumprir missão que o Plano Espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados.”
O vidente retrucou: _"Julga o irmão que alguém irá assistir a seu culto" ? perguntou com ironia. E o espírito já identificado disse:
_"Cada colina de Niterói atuará como porta-voz, anunciando o culto que amanhã iniciarei".
Para finalizar o caboclo completou:
_"Deus, em sua infinita Bondade, estabeleceu na morte, o grande nivelador universal, rico ou pobre, poderoso ou humilde, todos se tornariam iguais na morte, mas vocês, homens preconceituosos, não contentes em estabelecer diferenças entre os vivos, procuram levar essas mesmas diferenças até mesmo além da barreira da morte. Porque não podem nos visitar esses humildes trabalhadores do espaço, se apesar de não haverem sido pessoas socialmente importantes na Terra, também trazem importantes mensagens do além?"
No dia seguinte, na casa da família Moraes, na rua Floriano Peixoto, número 30, ao se aproximar a hora marcada, 20:00 h, lá já estavam reunidos os membros da Federação Espírita para comprovarem a veracidade do que fora declarado na véspera; estavam os parentes mais próximos, amigos, vizinhos e, do lado de fora, uma multidão de desconhecidos.
Às 20:00 h, manifestou-se o Caboclo das Sete Encruzilhadas. Declarou que naquele momento se iniciava um novo culto, em que os espíritos de velhos africanos que haviam servido como escravos e que, desencarnados, não encontravam campo de atuação nos remanescentes das seitas negras, já deturpadas e dirigidas em sua totalidade para os trabalhos de feitiçaria; e os índios nativos de nossa terra, poderiam trabalhar em benefício de seus irmãos encarnados, qualquer que fosse a cor, a raça, o credo e a condição social.
A prática da caridade, no sentido do amor fraterno, seria a característica principal deste culto, que teria por base o Evangelho de Jesus.
O Caboclo estabeleceu as normas em que se processaria o culto. Sessões, assim seriam chamados os períodos de trabalho espiritual, diárias, das 20:00 às 22:00 h; os participantes estariam uniformizados de branco e o atendimento seria gratuito. Deu, também, o nome do Movimento Religioso que se iniciava: UMBANDA – Manifestação do Espírito para a Caridade.
A Casa de trabalhos espirituais que ora se fundava, recebeu o nome de Nossa Senhora da Piedade, porque assim como Maria acolheu o filho nos braços, também seriam acolhidos como filhos todos os que necessitassem de ajuda ou de conforto.
Ditadas as bases do culto, após responder em latim e alemão às perguntas dos sacerdotes ali presentes, o Caboclo das Sete Encruzilhadas passou a parte prática dos trabalhos.
O caboclo foi atender um paralítico, fazendo este ficar curado. Passou a atender outras pessoas que haviam neste local, praticando suas curas.
Nesse mesmo dia incorporou um preto velho chamado Pai Antônio, aquele que, com fala mansa, foi confundido como loucura de seu aparelho e com palavras de muita sabedoria e humildade e com timidez aparente, recusava-se a sentar-se junto com os presentes à mesa dizendo as seguintes palavras:
"_ Nêgo num senta não meu sinhô, nêgo fica aqui mesmo. Isso é coisa de sinhô branco e nêgo deve arrespeitá."
Após insistência dos presentes fala:
"_Num carece preocupá não. Nêgo fica no toco que é lugá di nego."
Assim, continuou dizendo outras palavras representando a sua humildade. Uma pessoa na reunião pergunta se ele sentia falta de alguma coisa que tinha deixado na terra e ele responde:
"_Minha caximba. Nêgo qué o pito que deixou no toco. Manda mureque busca."
Tal afirmativa deixou os presentes perplexos, os quais estavam presenciando a solicitação do primeiro elemento de trabalho para esta religião. Foi Pai Antonio também a primeira entidade a solicitar uma guia, até hoje usadas pelos membros da Tenda e carinhosamente chamada de "Guia de Pai Antonio".
No dia seguinte, verdadeira romaria formou-se na rua Floriano Peixoto. Enfermos, cegos etc. vinham em busca de cura e ali a encontravam, em nome de Jesus. Médiuns, cuja manifestação mediúnica fora considerada loucura, deixaram os sanatórios e deram provas de suas qualidades excepcionais.
A partir daí, o Caboclo das Sete Encruzilhadas começou a trabalhar incessantemente para o esclarecimento, difusão e sedimentação da religião de Umbanda. Além de Pai Antônio, tinha como auxiliar o Caboclo orixá Malé, entidade com grande experiência no desmanche de trabalhos de baixa magia.
Em 1918, o Caboclo das Sete Encruzilhadas recebeu ordens do Astral Superior para fundar sete tendas para a propagação da Umbanda. As agremiações ganharam os seguintes nomes: Tenda Espírita Nossa Senhora da Guia; Tenda Espírita Nossa Senhora da Conceição; Tenda Espírita Santa Bárbara; Tenda Espírita São Pedro; Tenda Espírita Oxalá, Tenda Espírita São Jorge; e Tenda Espírita São Gerônimo. Enquanto Zélio estava encarnado, foram fundadas mais de 10.000 tendas a partir das mencionadas.
Embora não seguindo a carreira militar para a qual se preparava, pois sua missão mediúnica não o permitiu, Zélio Fernandino de Moraes nunca fez da religião sua profissão. Trabalhava para o sustento de sua família e diversas vezes contribuiu financeiramente para manter os templos que o Caboclo das Sete Encruzilhadas fundou, além das pessoas que se hospedavam em sua casa para os tratamentos espirituais, que segundo o que dizem parecia um albergue. Nunca aceitara ajuda monetária de ninguém era ordem do seu guia chefe, apesar de inúmeras vezes isto ser oferecido a ele.
Ministros, industriais, e militares que recorriam ao poder mediúnico de Zélio para a cura de parentes enfermos e os vendo recuperados, procuravam retribuir o benefício através de presentes, ou preenchendo cheques vultosos. "_Não os aceite. Devolva-os!", ordenava sempre o Caboclo.
A respeito do uso do termo espírita e de nomes de santos católicos nas tendas fundadas, o mesmo teve como causa o fato de naquela época não se poder registrar o nome Umbanda, e quanto aos nomes de santos, era uma maneira de estabelecer um ponto de referência para fiéis da religião católica que procuravam os préstimos da Umbanda. O ritual estabelecido pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas era bem simples, com cânticos baixos e harmoniosos, vestimenta branca, proibição de sacrifícios de animais. Dispensou os atabaques e as palmas. Capacetes, espadas, cocares, vestimentas de cor, rendas e lamês não seriam aceitos. As guias usadas são apenas as que determinam a entidade que se manifesta. Os banhos de ervas, os amacis, a concentração nos ambientes vibratórios da natureza, a par do ensinamento doutrinário, na base do Evangelho, constituiriam os principais elementos de preparação do médium.
O ritual sempre foi simples. Nunca foi permitido sacrifícios de animais. Não utilizavam atabaques ou qualquer outros objetos e adereços. Os atabaques começaram a ser usados com o passar do tempo por algumas das Tendas fundadas pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, mas a Tenda Nossa Senhora da Piedade não utiliza em seu ritual até hoje.
Após 55 anos de atividades à frente da Tenda Nossa Senhora da Piedade (1º templo de Umbanda), Zélio entregou a direção dos trabalhos as suas filhas Zélia e Zilméa, continuando, ao lado de sua esposa Isabel, médium do Caboclo Roxo, a trabalhar na Cabana de Pai Antônio, em Boca do Mato, distrito de Cachoeiras de Macacu – RJ, dedicando a maior parte das horas de seu dia ao atendimento de portadores de enfermidades psíquicas e de todos os que o procuravam.
Em 1971, a senhora Lilia Ribeiro, diretora da TULEF (Tenda de Umbanda Luz, Esperança, Fraternidade – RJ) gravou uma mensagem do Caboclo das Sete Encruzilhadas, e que bem espelha a humildade e o alto grau de evolução desta entidade de muita luz. Ei-la:
"A Umbanda tem progredido e vai progredir. É preciso haver sinceridade, honestidade e eu previno sempre aos companheiros de muitos anos: a vil moeda vai prejudicar a Umbanda; médiuns que irão se vender e que serão, mais tarde, expulsos, como Jesus expulsou os vendilhões do templo. O perigo do médium homem é a consulente mulher; do médium mulher é o consulente homem. É preciso estar sempre de prevenção, porque os próprios obsessores que procuram atacar as nossas casas fazem com que toque alguma coisa no coração da mulher que fala ao pai de terreiro, como no coração do homem que fala à mãe de terreiro. É preciso haver muita moral para que a Umbanda progrida, seja forte e coesa. Umbanda é humildade, amor e caridade – esta a nossa bandeira. Neste momento, meus irmãos, me rodeiam diversos espíritos que trabalham na Umbanda do Brasil: Caboclos de Oxossi, de Ogum, de Xangô. Eu, porém, sou da falange de Oxossi, meu pai, e não vim por acaso, trouxe uma ordem, uma missão. Meus irmãos: sejam humildes, tenham amor no coração, amor de irmão para irmão, porque vossas mediunidades ficarão mais puras, servindo aos espíritos superiores que venham a baixar entre vós; é preciso que os aparelhos estejam sempre limpos, os instrumentos afinados com as virtudes que Jesus pregou aqui na Terra, para que tenhamos boas comunicações e proteção para aqueles que vêm em busca de socorro nas casas de Umbanda. Meus irmãos: meu aparelho já está velho, com 80 anos a fazer, mas começou antes dos 18. Posso dizer que o ajudei a casar, para que não estivesse a dar cabeçadas, para que fosse um médium aproveitável e que, pela sua mediunidade, eu pudesse implantar a nossa Umbanda. A maior parte dos que trabalham na Umbanda, se não passaram por esta Tenda, passaram pelas que saíram desta Casa. Tenho uma coisa a vos pedir: se Jesus veio ao planeta Terra na humildade de uma manjedoura, não foi por acaso. Assim o Pai determinou. Podia ter procurado a casa de um potentado da época, mas foi escolher aquela que havia de ser sua mãe, este espírito que viria traçar à humanidade os passos para obter paz, saúde e felicidade. Que o nascimento de Jesus, a humildade que Ele baixou à Terra, sirvam de exemplos, iluminando os vossos espíritos, tirando os escuros de maldade por pensamento ou práticas; que Deus perdoe as maldades que possam ter sido pensadas, para que a paz possa reinar em vossos corações e nos vossos lares. Fechai os olhos para a casa do vizinho; fechai a boca para não murmurar contra quem quer que seja; não julgueis para não serdes julgados; acreditai em Deus e a paz entrará em vosso lar. É dos Evangelhos. Eu, meus irmãos, como o menor espírito que baixou à Terra, mas amigo de todos, numa concentração perfeita dos companheiros que me rodeiam neste momento, peço que eles sintam a necessidade de cada um de vós e que, ao sairdes deste templo de caridade, encontreis os caminhos abertos, vossos enfermos melhorados e curados, e a saúde para sempre em vossa matéria. Com um voto de paz, saúde e felicidade, com humildade, amor e caridade, sou e sempre serei o humilde Caboclo das Sete Encruzilhadas".

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

UMBANDA

É uma religião, ou seja, o caminho para se chegar a Deus e encontrar à Luz.
Luz que nos mostrará porque aqui estamos, e como devemos seguir o caminho certo para chegarmos a Fé, Caridade e Humildade.
Falar em Umbanda é seguir estas palavras:
Umbanda sem Caridade, não é Umbanda!
Fé é crer com razão, ou melhor, sempre sabendo o porque e não aceitando mistérios ou mentiras. Não tenha vergonha ou medo quando houver dúvida.
 Humildade e simplicidade, quanto mais pobre, singelo, e sem luxo, maior
será a Umbanda e seus filhos.
Umbanda para muitos como nós, é uma religião, ou melhor, um caminho
para se chegar à Casa do Pai. Mas para pessoas que pouco sabem sobre este
caminhar, é apenas uma Seita, ou Folclore, ou um punhado de Rituais.
Ser Umbandista é acima de tudo, ver a vida e viver como um filho de
Deus. Encontrar na caridade exemplo e forças para viver. Não nos acharmos
melhores ou diferentes dos outros irmãos. Temos sim, obrigações de sermos
mais abertos e unidos uns com os outros. Sem diferença de credo ou de ponto
de vista, somos todos iguais, perante o Nosso Criador Deus
Cabe a cada um de nós sermos mais ou menos evoluídos. As discussões
não nos levam à razão. Vamos conversar, levar o nosso pensamento sem
desmerecer nosso irmão.

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Piada?

Um Pai-de-Santo, para definir bem a influência dos orixás nas pessoas contou uma estória: Simulemos um fato: Imaginem duas pessoas brigando.

Passando um filho de Ogum, ou ele passa direto e nem olha, ou já vai se meter na briga. Um filho de Xangô para, fica olhando, e já começa a reclamar. Coitado do baixinho! Porque será esta briga? Acho que aquele alto não tem razão. E pior, nem sabe brigar. É um fraco. E fica questionando. Um filho de Oxóssi para, senta no chão e, rindo, fica assistindo e se deleitando com a briga. Uma filha de Iemanjá chamaria os dois, colocaria suas cabeças em seu colo e os acalmaria recomendando paz. Uma filha de Iansã já reclamaria e chamaria a polícia. Alguém perguntou:_ E uma filha de Oxum, que faria?

Ele Respondeu:_ Nada, e nem poderia. Os dois estavam brigando por causa dela...