Todos aqueles que possuem sentimentos nobres como amor, solidariedade, humildade e principalmente caridade são bem vindos.
Precisando conversar e/ou receber um passe energético (benzer) estou à disposição todos os dias, para jogar cartas (ler a sorte) somente com hora marcada.
Cobro apenas para ler as cartas R$ 100,00, para manutenção de nossa casa. Qualquer outro tipo de consulta não pode ser cobrada pois na verdadeira caridade não se coloca preço, a verdadeira caridade quem paga é Deus.
Endereço: Rua 22 nº 281 Jardim Morada do Sol Indaiatuba - SP

trabalho assistencial toda sexta feira às 20:00

telefone: 19 995829299
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terça-feira, 29 de junho de 2010

MARINHEIROS E PESCADORES

29/06 DIA DE SÃO PEDRO PROTETOR DOS PESCADORES

Eles chegam do mar e desembarcam em terra, sua alegria é contagiante, abraçam a todos, brincando sempre, com aquele jeito meio “maroto”, embriagado. São os Marinheiros, grupo de Espíritos que trabalham na Umbanda em prol da caridade.
Eles conheceram muito bem o mar e a navegação, pois participaram da descoberta de novos mundos através das viagens que empreenderam que duraram anos e anos.
As Entidade de Marinheiro trabalham na Linha de Iemanjá e também de Oxum, que compõem o chamado “Povo da Água”. Seus conselhos e mensagens são sempre cheios de esperança e de fé. Costumam trabalhar em grupos. São fortes, pois enfrentarem guerras e mares agitados, mas também conheceram a calmaria e a bonança.
Dão consultas, passes e também fazem trabalhos fortes de descarrego que envolvam grandes demandas. Em algumas casas, também costumam trabalhar nas giras de desenvolvimento de Médiuns.
Quando dão consultas, essa Falange costuma ir direto ao ponto, sem rodeios, mas também sabem como falar aos consulentes sem criar um clima desagradável ou de medo. Assim, conseguem atingir fundo as almas dos aflitos que costumam procura-los em busca de auxilio e de esperança.
Carregam consigo um sentimento profundo de amizade. Nas consultas, gostam muito de ajudar àquelas pessoas que se apresentam com problemas amorosos. Seus conselhos são sempre fiéis e certeiros, têm uma grande responsabilidade e assumem o compromisso de um trabalho bem-feito.
Todas as pessoas tem uma idéia muitas vezes distorcida desta linha de trabalho. Os marinheiros são em sua grande maioria espíritos que militam a umbanda para dar sustento no campo da diluição de cargas trevosas, outros atuam como elementos de sustentação de trabalhos voltados a curas, atraindo os poderes elementais dos quais estes espíritos de alto grau espiritual, trazem consigo.
Na realidade estes abnegados servidores da lei são verdadeiros “magos que atuam nos mistérios aquáticos” e com uma forma de atuação única dentro dos domínios da umbanda. Como magos, trazem para nós, a possibilidade de nos libertarmos de nossos entraves, com uma forma bem simpática lidam com os consulentes de forma extrovertida, deixando o assistido muito a vontade com trejeitos peculiares desta linha maravilhosa da umbanda.
Muito diferente do que imaginamos, estes irmãos do astral não são e não estão embriagados, como muitos se mostram, na realidade sua forma de balanço é uma maneira de liberar suas ondas energéticas se utilizando do próprio médium.
Como isso ocorre?
Em torno do médium existe um campo de energia sustentado por seus centros de força e, além da energia gerada a partir da energia corpórea, existe um campo espiritual que se reflete em todo o ambiente. Os guias quando incorporados em seus médiuns, dançam, giram, balançam, gesticulam, etc… desta forma os guias liberam não só a energia que se desprende do médium, mas também libera de forma salutar o poder de seu mistério através de ondas magnéticas que são liberadas dentro do campo espiritual do médium e do templo. É desta forma que os marinheiros fazem, em formas onduladas, ou através de seu balanço, que mais parece de uma pessoa embriagada, é que este irmão na luz faz seu trabalho redentor dentro dos campos da Umbanda.
É importante que os médiuns e principalmente os assistidos, saibam de tal fato, para que estes não deturpem e não dêem um mal sentido aos trabalhos de Umbanda.
Os marinheiros são sustentados pelo poder de nossa Mãe Iemanjá e sua cor de atuação é a mesma desta mãe Divina, que é o azul claro. Podemos sempre que necessitarmos, ativar o poder destes servidores da lei em nossa vida, acenda sua vela e faça uma prece, pedindo para eles abrirem seus caminhos e protege-los. É maravilhoso.
"Conto minha história: Sou pescador e quando vou pra alto mar, faço antes uma oferenda com um pedido para nossa mãe Iemanjá. Levo velas e flores de joelhos na areia ouço um canto ecoar e no balanço das ondas avisto minha mãe sereia vindo me abençoar, é tão lindo!
É tão lindo no horizonte ver o céu e o azul do mar e o meu barco indo sobre as ondas ao encontro de Iemanjá. Jogo minha rede e os peixes vão surgindo por ordem de Odoiá.
E com o dever cumprido, meu pedido atendido vou meu povo alimentar.
Odoiá, Odoiá obrigado mãe sereia por sempre me ajudar. Odoiá, Odoiá ao pisar em terra firme essa santa vou louvar!"
 

sexta-feira, 25 de junho de 2010

SALVE XANGO 24/06

Por ser justo, São João Batista foi sincretizado também com a cultura afro-brasileira. Os escravos que vinham para o Brasil o adotaram como sendo a representação de Xangô, orixá da Justiça e da Lei.

Xangô é protetor dos que sofrem injustiças, é Senhor Chefe das Falanges do Oriente. Rei da Cachoeira, Senhor da Justiça, Rei das Pedreiras, dos Raios e Trovões e das Forças da Natureza.

Tido como o orixá mais venerado e respeitado no Brasil, é a pedra fundamental da obra, é o poder da iniciativa, é padroeiro dos juízes, delegados e advogados do bem. Representa o rei justo que sabe administrar, mas que tem o poder da decisão e do equilíbrio da natureza. Assim, quando os céus mandam seus trovões e as hecatombes destroem os lugarejos, diz-se que Xangô está irado e vem julgar as ações humanas.

Orixá do fogo. É simbolizado pelo machado de dois gumes e representado por um rei ao sentado sobre a pedra da lei. Do seu lado dorme um leão, o guardião da justiça.


É sobre esta linha de força espiritual que se agrupam todos os espíritos que coordenam a lei de causa e efeito, decorrente da lei cármica como alicerce do mundo, e se manifestam na forma de caboclos, pretos velhos, boiadeiros, entre outros.
1) XANGÔ KAÔ – São Jerônimo, comemorado em 30/09 – É o principal e mais cultuado como dirigente desta linha. Também conhecido como Xangô Velho. Vibra na cor marrom escuro, simbolizando a pedra antiga na qual foi assentada a justiça, evidenciando a sabedoria. Ele atua na pedreira sobre a qual está assentado o campo florido que recebe as obrigações de Oxalá.
2) XANGÔ ALAFIM – ECHÊ – São Paulo, comemorado em 29/06 – Esta legião trabalha nas pedras solitárias dos caminhos ou das matas que servem de assento a viajantes ou caçadores cansados, como os convidando à meditação que leva à sabedoria na busca de soluções para os impasses da vida. Suas vibrações auxiliam oradores, intelectuais, juristas e juízes, pois defendem integralmente a pureza moral. Suas oferendas são realizadas nas pedras solitárias.
3) XANGÔ ALUFAM – São Pedro, comemorado em 29/06 – Esta legião trabalha nas pedras dos rios, dos mares, cachoeiras, lagos e fontes. Xangô Alufam é considerado o protetor dos pescadores e responsável pela diretriz dos desencarnados, pois possuem as chaves do céu, simbolizando a água e a pedra. Suas oferendas são realizadas em todas as pedras que estejam em contato com a água.
4) XANGÔ AGODÔ = São João Batista, comemorado em 24/06 – Legião dos caboclos que trabalham nas pedras e que estão dentro dos rios, nos seixos rolados, nas pedras iniciáticas e na pedra batismal. Suas oferendas são realizadas nas pedras dos rios.
5) XANGÔ AGANJÚ = São Joaquim, avô de Jesus, comemorado em 26/07 – Esta legião trabalha na pedra da cachoeira, simbolizando a harmonia entre o amor e a justiça. Ou entre a esposa Oxum e o marido Xangô, ou ainda a harmonia conjugal, que abençoa a família. Suas oferendas são realizadas na pedra da cachoeira, incluindo uma vela azul escuro ou rosa para Oxum.
6) XANGÔ ABOMI = Santo Agostinho, comemorado em 28/08 – É a legião de caboclos que trabalham nas montanhas de pedra ou cadeias de montanhas interligadas, serras, etc. Sua força é muito solicitada nas horas de aflição, quando se perde algo, além de proteger o casamento. Quando se pede a proteção para o casamento, assenta-se uma vela azul claro oferecida a Yemanjá.
7) XANGO DJACUTÁ = São Tiago, comemorado em 25/07 – É a legião mais conhecida como a do Deus Trovão e Senhor dos Raios, Coriscos e Meterioritos. Djacutá também significa pedra. É o comandante dos caboclos que trabalham na pedra do raio, simbolizando a justiça que vem do alto, ou seja, a justiça cósmica que vem do Deus Criador. Sua força é muito solicitada nas horas de aflição causadas por injustiças provocadas por outras pessoas. Assentando-se uma vela branca oferecida ao Orixá Tempo.
Na pedreira, com Iansã, Xangô nos traz o arrojo, a determinação, a fortaleza, a segurança, a firmeza e a sustentação. Na cachoeira, junto com Oxum, nos purifica, nos energiza, nos dá vida, vigor, saúde e inteligência.
O significado do seu nome está na formação da palavra:
XA = Senhor, Dirigente;
ANGÔ = AG + NO = Fogo Oculto
GÔ = Raio, Alma
Portanto, XANGÔ, equivale a SENHOR DO FOGO OCULTO
Saudação: Kawó Kabiyécilé ou Caô Cabiecilê que significa “Venham ver o Rei Descer Sobre a Terra!”
Símbolo: Os machados de duplo corte, que significa a alma em busca de equilíbrio e é também o símbolo da imparcialidade; A balança que significa a justiça de Oxalá; A estrela de seis pontas, associada com a sabedoria de Sa­lomão e representando o equilíbrio entre o céu e a terra, a água e o fogo, o ho­mem e a mulher, ou seja, representa o equilíbrio universal.
Cores: marrom, vermelho, cinza ou ainda o roxo
Instrumento: Oxé, machado de duas laminas, Xerém, espécie de chocalho que traz em suas mãos representando o despertar dos raios e dos trovões.
Pedra: Pedra do Sol
Ervas principais: Folhas de alecrim do campo, folhas de limão, folhas de mangueira, fo-lhas da goiabeira, folhas de uva, folhas de beterraba, babosa, guiné, levante, lírio, violeta, folhas da ameixeira.
Oferendas:
Ponto de força: alto de uma pedreira ou cachoeira.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

EXUS 13/06

Santo Antônio de Pemba
Entre Santo Antônio de Lisboa e Santo Antônio de Pemba há muita diferença.
Como o número de escravos era superior ao dos fidalgos, erigiu-se em cada fazenda uma capela com o Santo da devoção dos Senhores ou Sinhás das fazendas, onde um Sacerdote da Igreja Católica fazia seus ofícios religiosos.
Quando os escravos adotaram Santo Antônio de Lisboa por Santo Antônio de Pemba como Exu, fizeram-no por diversos motivos. O primeiros porque tinham que acompanhar o credo católico; o segundo para ludibriar a boa fé dos senhores das fazendas, pois proibiam que os mesmos professassem o seu culto africano; e o terceiro porque faziam suas festas com fogo, como fogueiras, etc., e o dono do fogo é Exu.
O dia de Santo Antônio de Pemba é 13 de junho, razão pela qual a Umbanda comemora nesta data o dia de Exu.
Na Umbanda atual, onde os chefes de terreiros são mais esclarecidos, com mais cultura e seus filhos também, não se admitem mais os tabus a respeito de Exus e Pombagiras, tais como :
  • Colocar cortina para cobrir o Gongá em dias de Sessão de Exu;
  • Considerar os médiuns que trabalham com Exus ou Pombagiras como perigosos, como assim era de crer naquela época remota;
  • Não permitir que os médiuns do terreiro trabalhem como Exus e Pombagiras, como alguns chefes de terreiros daquela época então procediam;
  • Pensar que Exu ou Pombagira são entidades negativas;
  • Considerar ainda nos dias de hoje que OMULU seja Exu e não Orixá;
  • Exigir que Exus ou Pombagiras incorporem de costas para o Gongá;
  • Pensar que somente na grande hora (meia-noite) seriam horas que Exu ou Pombagira poderiam incorporar;
  • Pensar que um médium após trabalhar com Exu ou Pombagira terá de ser descarregado por um Caboclo ou Preto Velho;
  • Pensar que Exu e Pombagira só trabalham falando "palavrões" e bebendo. Isto é a má orientação dada pelo chefe do terreiro que não respeita a entidade e nem se faz respeitar.
Quando dizemos exu inclui-se exus, pombo giras e exu mirim
Exu é como guardião e protetor.
Exu (origem africana) é o símbolo da fecundação e desenvolvimento.
Carinhosamente tratado como "Compadre", amigo íntimo sempre presente para defender seu protegido.
Não se pode de forma alguma relacionar os espíritos obsessores aos exus, que realmente existem e viveram encarnados na Terra.
Não se pode de forma alguma confundir os exus com o "Diabo", pois foi criado por outra religião.
Eles são orientados por Guias (Caboclos e Pretos Velhos). Trabalham como intermediários entre os Orixás e os homens em missão do bem para a humanidade. Formam numerosas Falanges, todas lideradas por grandes Chefes agindo no nosso mundo.
São criaturas como nós, já tendo encarnado e desencarnado na Terra por muitas vezes. Muitos até exerceram aqui no mundo os mais altos postos e posições, por seu saber e inteligência, onde cometeram grandes males, provocaram guerras, mas hoje, no espaço, esses sofredores orientados, buscam se regenerar.
Por suas condições, os exus são usados, digamos assim, pelos Orixás e pelos Guias, para levar a justiça onde for preciso; dai atuarem também no terreno do mal, no sentido exato da palavra, pois é a justiça do alto em ação, funcionando contra os perversos, os injustos, os desonestos, enfim.
Eles realizam trabalhos maravilhosos de curas, dão conselhos edificantes, praticam o bem, semeando o eterno amor. São sublimes as suas realizações e sua atuação dentro da Umbanda prestando caridade é uma constante.
O clima que eles criam, de puras e sadias vibrações, beneficiam a todos os presentes, proporcionando-lhes alegria e contentamento. Devido à cobiça ou à ignorância de muita gente que os conhece mal, consideram eles maus, interesseiros, vingativos
As pessoas que andam certas na vida não devem temê-los, porque eles nada têm a ver com elas, só com os maus intencionados, os corruptos, os perversos, os interesseiros. 
Tal como nós, também um dia penetrarão na senda do amor, onde milhares deles já se encontram marchando rumo à perfeição, pois como tudo na natureza, na criação divina, também estão sujeitos à eterna lei da evolução, que conduz à felicidade eterna e verdadeira.
Exu é quem orienta os trabalhos práticos, abrindo as cerimônias como um guardião, sentinela e protetor de um Centro. Os trabalhos dos Compadres, suas provas assombrosas de força e poder, suas curas maravilhosas nas enfermidades dadas por incuráveis, nos mostra sua beleza de intenções.
Toda pessoa tem seu exu particular, responsável pela força necessária ao seu desenvolvimento.
O vermelho e o negro são as suas cores representativas. O negro representa todo o culto em potência, sem diferenciação, sendo o primeiro elemento que dinamiza o culto e permite que ele se manifeste. Por coincidência ou não, no espectro visível do olho humano, vermelho é a vibração de menor frequência, abaixo do nível da qual tudo é negro, ausência de luz.
Sendo o senhor dos limites, inclusive no horário, seu momento mais próprio não poderia ser outro senão a fronteira entre os dias, isto é, a meia-noite.
Existem exus na terra, no fogo, na água e no ar, bem como nas combinações desses elementos e nos estados de transição entre eles, incluindo os cemitérios. Têm a encruzilhada em "X" como seu local de força, por ser dominador de todos os caminhos.
Exu abre as cerimônias do terreiro em dias de festa e de outras obrigações, é porteiro das matas, dando início para a colheita das ervas; dá conselhos, servindo de intermediário dos Orixás, aos homens; é controlador dos Eguns, inclusive determinando suas reencarnações.
Nos Terreiros, Exu tem sua casa próximo à entrada dos mesmos, denominada Tronqueira.
O "Padê" que se oferece a exu no início dos trabalhos,  na realidade significa que estamos pedindo a exu para botar para fora  da casa os maus espíritos, permanecendo o exu da casa em seu devido lugar, ou seja, na porteira do Terreiro, do padê, do fumo, das bebidas e comidas eles tiram os elementos necessarios para seus trabalhos de resgates ao espiritos necessitados e para o combate com os espiritos revoltados, magos negros etc.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

OBÁ 30/05


DIA 30/06 SALVE OBÁ
OBÁ XIRÊ
Orixá do rio Níger. Orixá, embora feminina, temida, forte, energética, considerada mais forte que muitos Orixás masculinos, vencendo na luta, Oxalá, Xangô e Orumilá.
Obá é irmã de Iansã, foi esposa de Ogum e, posteriormente, terceira e mais velha mulher de Xangô. Bastante conhecida pelo fato de ter seguido um conselho de Oxum e decepado a própria orelha para preparar um ensopado para o marido na esperança de que isto iria fazê-lo mais apaixonado por ela. Quando manifestada, esconde o defeito com a mão. Seus símbolos são uma espada e um escudo.

Obá é a orixá que aquieta e densifica o racional dos seres, já que seu campo preferencial de atuação é o esgotamento dos conhecimentos desvirtuados.
Comentar sobre nossa amada mãe Obá é motivo de satisfação, pois, nas lendas, resumem sua existência ao papel de esposa repudiada por Xangô. Mas, justiça lhe seja feita, as lendas vêm sendo repetidas a tanto tempo, e às vezes de forma tão empobrecida pelas transmissões orais que, até como lendas, deixam a desejar e mostram como é deficiente o conhecimento sobre o campo de ação dos orixás.
Saibam que a orixá Obá que nós conhecemos e aprendemos a amar e reverenciar é uma divindade regida pelos elementos terra e vegetal, e forma com Oxóssi a terceira linha de Umbanda Sagrada, que rege o Conhecimento. Oxóssi está assentado no pólo positivo e irradiante desta linha e Obá está assentada em seu pólo negativo ou cósmico, que é absorvente.
Esta lenda, na verdade, refere-se a um rei que, como herdeiro das qualidades de Xangô, tinha várias esposas, que também se apresentavam como herdeiras das qualidades das orixás femininas. E, se o que esta lenda conta é verdade, no entanto só se refere a personagens humanos que eram tidos na conta de semideuses. Mas é só, porque esta história de orixá disputar pelejas tipicamente humanas e carnais, está mais para coisas humanas de que mistérios divinos. E, não tenham dúvidas de que os orixás são mistérios divinos que foram, em muitos casos, descaracterizados pelas próprias lendas, que visam eternizá-los na mente e nos corações humanos.
Saibam que Obá é uma orixá cósmica cujo elemento original é a terra, pois ela é orixá telúrica por excelência e atua nos seres através do terceiro sentido da vida, que é o Conhecimento, que desenvolve o raciocínio e a capacidade de assimilação mental da realidade visível, ou somente perceptível, que influencia nossa vida e evolução continua. Já o seu segundo elemento é o vegetal. Enquanto o orixá Oxóssi, o mitológico caçador, estimula a busca do conhecimento (evolução), Obá atrai e paralisa o ser que está se desvirtuando justamente porque assimilou de forma viciada os conhecimentos puros.
O culto à orixá Obá iniciou-se a quatro milênios atrás com a irradiação simultânea de uma de suas qualidades ou aspectos, a várias partes do mundo, quando, então, ela se humanizou.
E se nossa amada mãe Obá já recolheu boa parte de seus filhos encantados que se espiritualizaram, muitos ainda estão evoluindo nos dois lados da dimensão humana.
Muitos dos seus filhos são, hoje e na Umbanda, alguns dos mais silenciosos exus e das mais discretas pomba-giras, dos mais aguerridos caboclos e caboclas, resolutos nas suas ações, precisos nos seus conselhos, e não são de muita conversa quando sentem que o conhecimento que trazem não é assimilado por seus médiuns ou pelas pessoas que os consultam.
Agora, deixando os aspectos individuais ou comentários de apoio, o fato é que nossa amada mãe Obá é uma divindade planetária, regente do pólo negativo da linha do Conhecimento, que é a terceira linha de forças de Umbanda Sagrada.
Ela e Oxóssi formam esta linha e atuam em pólos opostos: enquanto ele estimula a busca do conhecimento, ela paralisa os seres que se desvirtuaram justamente porque adquiriram conhecimentos viciados, distorcidos ou falsos.

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Piada?

Um Pai-de-Santo, para definir bem a influência dos orixás nas pessoas contou uma estória: Simulemos um fato: Imaginem duas pessoas brigando.

Passando um filho de Ogum, ou ele passa direto e nem olha, ou já vai se meter na briga. Um filho de Xangô para, fica olhando, e já começa a reclamar. Coitado do baixinho! Porque será esta briga? Acho que aquele alto não tem razão. E pior, nem sabe brigar. É um fraco. E fica questionando. Um filho de Oxóssi para, senta no chão e, rindo, fica assistindo e se deleitando com a briga. Uma filha de Iemanjá chamaria os dois, colocaria suas cabeças em seu colo e os acalmaria recomendando paz. Uma filha de Iansã já reclamaria e chamaria a polícia. Alguém perguntou:_ E uma filha de Oxum, que faria?

Ele Respondeu:_ Nada, e nem poderia. Os dois estavam brigando por causa dela...